Um novo levantamento do Instituto Trata Brasil revelou que o desperdício de água no Brasil segue alarmante. Em 2023, cerca de 5,8 bilhões de m³ de água não foram faturados, volume equivalente a mais de 6 mil piscinas olímpicas por dia. No contexto regional, o Nordeste apresenta uma das maiores taxas de perdas, com 46,25%, ficando atrás apenas do Norte (49,78%).
No âmbito estadual, a Paraíba registrou 37,09% de perdas de água na distribuição, acima da média nacional de 40,31%, mas ainda distante da meta de 25% prevista pela Portaria 490/2021, que poderia gerar economia de 1,9 bilhão de m³, suficiente para abastecer mais de 30 milhões de brasileiros por um ano.
O estudo aponta que, se consideradas apenas as perdas por vazamento, o volume desperdiçado poderia abastecer cerca de 50 milhões de pessoas por um ano. O levantamento ainda compara a Paraíba com outros estados, como Alagoas (69,86%), Roraima (62,51%) e Acre (62,25%), que apresentam os maiores índices de desperdício no país.
Entre os municípios brasileiros, apenas 13 dos 100 mais populosos atingem as metas de perdas de até 25% na distribuição, incluindo cidades como Santos (SP), Duque de Caxias (RJ) e Teresina (PI).
O cenário reforça a necessidade de investimentos em modernização da rede de distribuição e combate a vazamentos, especialmente em estados do Nordeste como a Paraíba, onde a eficiência hídrica ainda está abaixo do ideal. As informações são do Brasil 61.




