Os sete réus que fazem parte do chamado ‘núcleo de desinformação” foram condenados nesta terça-feira (21) pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal).
No momento final do julgamento, a chamada dosimetria, os condenados receberam penas variadas de acordo com a sua atuação na trama golpista — que planejava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os integrantes, estão militares do Exército, agente da Polícia Federal e o presidente do Instituto Voto Legal, que foi absolvido de dois crimes e recebeu a menor pena.
Veja como ficou a dosimetria:
- Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército): 16 anos e seis meses de reclusão, seis meses de detenção e 120 dias-multa;
- Reginaldo Abreu (coronel do Exército): 15 anos de reclusão, seis meses de detenção e 120 dias-multa;
- Marcelo Bormevet (agente da Polícia Federal): 14 anos de reclusão, seis meses de detenção e 120 dias-multa;
- Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército): 13 anos de reclusão, seis meses de detenção e 120 dias-multa;
- Ailton Moraes Barros (ex-major do Exército): 12 anos e seis meses de reclusão, seis meses de detenção e 120 dias-multa;
- Guilherme Almeida (tenente-coronel do Exército): 12 anos e seis meses de reclusão, seis meses de detenção) e 120 dias-multa;
- Carlos César Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal): 7 anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto e 40 dias-multa.
O cumprimento das penas dos condenados, com exceção de Carlos César Moretzsohn Rocha, deve ser iniciado em regime fechado. Cada dia-multa deve ser no valor de um salário-mínimo, conforme estabelecido pelos ministros.
Todos os réus ainda terão de pagar R$ 30 milhões de indenização para ressarcimento dos danos materiais e morais coletivos.