O espaço aéreo da Estônia foi violado por três caças militares russos na sexta-feira (18), segundo fontes europeias e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A incursão, que durou 12 minutos, foi rapidamente interrompida por caças italianos e aeronaves suecas e finlandesas, que faziam parte da operação Sentinela Oriental, convocada pela pela aliança do Atlântico Norte.
Segundo o primeiro-ministro estoniano, Krisen Michal, os jatos russos foram posteriormente “forçados a fugir”.
A ação foi caracterizada como uma “audácia sem precedentes” pela Ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkn. Ela acrescentou que a Rússia já tinha violado o espaço aéreo da Estônia quatro vezes este ano, “o que por si só é inaceitável”.
“Os testes de fronteiras cada vez mais abrangentes e a crescente agressividade da Rússia devem ser enfrentados com um rápido aumento da pressão política e econômica”, disse Tsahkna.
Após o incidente, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, elogiou a resposta da aliança como “rápida e decisiva”.
Consultas a Otan
Após o incursão, a Estônia solicitou consultas ao Artigo 4 da OTAN após a violação “totalmente inaceitável”, nas palavras do primeiro-ministro estoniano.
A porta-voz da OTAN, Allison Hart, disse que o Conselho do Atlântico Norte se reunirá no início da próxima semana para discutir o incidente em mais detalhes.
O Artigo 4 do tratado da OTAN estabelece que qualquer país-membro pode levar formalmente uma questão à atenção do conselho, o principal órgão decisório da aliança, para se reunir e discutir os próximos passos quando a integridade territorial, a independência política ou a segurança do país-membro estiverem ameaçadas.