O Escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou nesta quinta-feira (2) que a interceptação por Israel de navios de ajuda humanitária com destino a Faixa de Gaza amplia o bloqueio ilegal ao território.
“Como potência ocupante, Israel deve garantir alimentos e suprimentos médicos para a população, utilizando todos os meios disponíveis, ou concordar e facilitar programas imparciais de ajuda humanitária, entregues rapidamente e sem impedimentos”, disse o porta-voz Thameen Al-Kheetan à agência de notícias Reuters.
Al-Kheetan também pediu a Israel que respeite os direitos dos detidos, incluindo o direito de contestar a legalidade de sua detenção.
Na última quarta-feira (1°), dezenas de embarcações foram interceptadas por militares da Marinha israelense.
Os navios navegavam como parte de uma flotilha de ajuda humanitária em direção a Gaza abrigando dezenas de passageiros, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg.
A GSF (Flotilha Global Sumud) tentava romper o bloqueio israelense de 18 anos a Gaza e levar ajuda ao território devastado pela guerra usando navios que partiam de portos do outro lado do Mediterrâneo.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que um último navio permanecia no local até a tarde desta quinta-feira (2).
“Um último navio desta provocação permanece à distância. Se se aproximar, sua tentativa de entrar em uma zona de combate ativa e romper o bloqueio também será impedida”, publicou o Ministério das Relações Exteriores no X.
Os organizadores da flotilha classificaram a interceptação dos navios por Israel como “um ataque ilegal” a agentes humanitários, enquanto Israel afirmou que os ativistas “não estavam interessados em ajuda, mas em provocação”.