Todos os membros do Conselho de Segurança da ONU, exceto os Estados Unidos, afirmaram nesta quarta-feira (27) que a fome em Gaza é uma “crise provocada pelo homem” e pediram que Israel suspenda as restrições de entrega de ajuda humanitária e negocie um cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas.
Em uma declaração conjunta, 14 dos 15 países membros do conselho pediram:
- um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente;
- a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos terroristas;
- um aumento substancial de ajuda em Gaza;
- que Israel suspenda imediata e incondicionalmente todas as restrições à entrega de ajuda.
Eles também alertaram que o uso da fome como arma de guerra é proibido pelo direito internacional humanitário.
China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Os outros dez membros são eleitos para mandatos de dois anos pela Assembleia Geral e no momento são: Argélia, Dinamarca, Grécia, Guiana, Paquistão, Panamá, República da Coreia, Serra Leoa, Eslovênia e Somália.
Ramiz Alakbarov, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, afirmou na reunião desta quarta que o horror o território palestino “continua a se deteriorar a níveis nunca vistos na história recente”. Ele condenou a ofensiva israelense que avança pela capital da Faixa de Gaza:
“Inimaginavelmente, a população de Gaza está agora enfrentando outra escalada mortal. Para uma população que já luta para sobreviver, os palestinos em Gaza estão vendo seus piores medos se tornarem realidade diante de seus olhos. A expansão das operações militares na Cidade de Gaza terá consequências catastróficas, incluindo o deslocamento de centenas de milhares”.
No dia 18, o grupo terrorista Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo na guerra com Israel apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar. No entanto, até o momento, Israel ainda não deu resposta e segue seus ataques na Faixa de Gaza.