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Maduro convoca novo alistamento militar frente à ameaça dos EUA

O líder venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (25) que o alistamento militar em massa foi um sucesso e ordenou sua continuação no próximo fim de semana.

Sem citar números, Maduro afirmou que a população “compareceu em massa” às praças do país, bem como aos quartéis e bases militares onde o registro estava aberto.

“Os centros de alistamento que foram criados estavam lotados”, enfatizou o líder em mensagem publicada nas redes sociais em meio a crescentes tensões entre Caracas e Washington

Escondida, a líder da oposição María Corina Machado afirmou que o alistamento foi um fracasso. “As praças vazias em toda a Venezuela hoje anunciam o futuro que se aproxima”, escreveu ela nas redes sociais.

Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse que é impossível registrar o “sentimento popular” em apenas dois dias e que a situação será avaliada novamente em breve.

O governo chavista tem sido criticado em diversas ocasiões pela falta de transparência em seus números oficiais.

O Banco Central da Venezuela passou anos sem publicar seus resultados financeiros.

Enquanto isso, o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor das eleições presidenciais de 2024 sem, até o momento, publicar os detalhes dos resultados por seção eleitoral.

Pressão sobre os funcionários públicos

Funcionários públicos e membros de movimentos sociais estavam entre os voluntários da milícia venezuelana.

As autoridades venezuelanas informaram que o processo de alistamento não é obrigatório. No entanto, alguns cidadãos registraram denúncias nas redes sociais sobre funcionários públicos que teriam recebido ordens de seus superiores para se alistarem.

Em vários locais onde ocorreram as sessões de registro, pessoas compareceram usando uniformes de órgãos públicos, mesmo não sendo dia útil.

Além disso, entre os cidadãos que tiraram fotos em frente às mesas de registro em vários centros de registro, alguns afirmaram que as usaram para enviar aos seus supervisores e certificar sua participação.

Alegações semelhantes de pressão contra funcionários públicos para votar ou participar de marchas organizadas pelo partido no poder foram tornadas públicas no passado.