O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (11) uma ordem executiva que estende por mais 90 dias a suspensão das tarifas sobre importações chinesas, informou uma autoridade da Casa Branca.
A trégua tarifária entre Pequim e Washington venceria em 12 de agosto. Mais cedo, Trump já havia sinalizado que a China estava colaborando nas negociações com os EUA.
“Temos lidado muito bem com a China. Como vocês provavelmente já ouviram, eles estão pagando tarifas tremendas aos Estados Unidos da América”, disse Trump a jornalistas nesta segunda-feira (11).
“Eles estão lidando muito bem”, acrescentou o republicano, reforçando que tem um bom relacionamento com o presidente chinês Xi Jinping.
O acordo entre os dois países
Em 12 de maio, EUA e China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas “tarifas recíprocas” por um período de 90 dias.
- As tarifas aplicadas pelos EUA sobre importações chinesas caíram de 145% para 30%.
- As taxas impostas pela China sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
Cerca de duas semanas depois, porém, Trump acusou a China de violar o acordo em publicação feita em sua rede social, a Truth Social:
“A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO”, postou naquele momento.
Desde que anunciou o tarifaço com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, o republicano enfrenta críticas, inclusive de aliados. O embate com o governo chinês antes das negociações agravou ainda mais a situação.
Horas depois da publicação do presidente americano, a China se manifestou por meio de um comunicado de sua embaixada em Washington.
Pediu que os EUA acabem com as “restrições discriminatórias” contra Pequim e que os dois lados “mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações de alto nível em Genebra”.
“Desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis”, disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu, à época.