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Gaza registra novas mortes por fome e de moradores que buscavam ajuda

Ao menos 40 palestinos foram mortos por tiros e ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (4), incluindo dez pessoas que estavam buscando ajuda humanitária, disseram autoridades de saúde.

Além disso, mais cinco pessoas morreram de fome ou desnutrição nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde de Gaza. Com isso, o número de pessoas que morreram de fome no território palestino subiu para 180, incluindo 93 crianças.

As dez vítimas que buscavam suprimentos foram mortas em dois casos separados, perto de locais pertencentes à GHF (Fundação Humanitária de Gaza), que é apoiada pelos Estados Unidos, no centro e no sul de Gaza, segundo médicos.

A ONU afirma que mais de mil pessoas foram mortas tentando receber ajuda no território palestino desde que a GHF começou a operar, em maio de 2025.

A maioria dessas vítimas teria sido baleada pelas forças israelenses que operam perto das instalações da fundação.

“Todos que vão até lá voltam com um saco de farinha ou carregados de volta [em uma maca de madeira] como mártires, ou feridos”, pontuou o palestino Bilal Thari, de 40 anos.

Ele estava entre as pessoas em luto no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, nesta segunda, que se reuniram para recolher os corpos dos entes queridos que foram mortos no domingo (3) por fogo israelense enquanto buscavam ajuda, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.

Ao menos 13 palestinos foram mortos no domingo enquanto aguardavam a chegada de caminhões de ajuda da ONU na passagem de Zikim, na fronteira israelense com o norte da Faixa de Gaza, ainda segundo as autoridades.

No hospital, alguns corpos foram embrulhados em cobertores, porque as mortalhas brancas, que têm um significado especial nos enterros islâmicos, estavam em falta.

“Não queremos guerra, queremos paz, queremos que esse sofrimento acabe. Estamos nas ruas, todos nós estamos com fome, todos nós estamos em más condições, as mulheres estão nas ruas, não temos nada disponível para viver uma vida normal como todos os seres humanos, não há vida”, relatou Thari à Reuters.

Não houve comentário imediato de Israel sobre os casos com mortes do domingo e desta segunda-feira.

Israel culpa o Hamas pelo sofrimento em Gaza e diz que está tomando medidas para que mais ajuda chegue à população, incluindo a interrupção dos combates durante parte do dia em algumas áreas, lançamentos aéreos de suprimentos e anúncio de rotas protegidas para comboios de ajuda.

“Não queremos guerra, queremos paz, queremos que esse sofrimento acabe. Estamos nas ruas, todos nós estamos com fome, todos nós estamos em más condições, as mulheres estão nas ruas, não temos nada disponível para viver uma vida normal como todos os seres humanos, não há vida”, relatou Thari à Reuters.

Não houve comentário imediato de Israel sobre os casos com mortes do domingo e desta segunda-feira.

Israel culpa o Hamas pelo sofrimento em Gaza e diz que está tomando medidas para que mais ajuda chegue à população, incluindo a interrupção dos combates durante parte do dia em algumas áreas, lançamentos aéreos de suprimentos e anúncio de rotas protegidas para comboios de ajuda.