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Prévia da inflação desacelera em maio, mas preços dos medicamentos têm alta, diz IBGE

prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou e marcou 0,36%, 0,07 ponto percentual abaixo da taxa registrada em abril (0,43%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (27). O patamar é o menor para o mês desde 2020, quando registrou queda de 0,59%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,8% e, em 12 meses, 5,4%, abaixo dos 5,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Esse índice se diferencia da inflação oficial, calculada pelo IPCA, pelo período de coleta das informações. Em maio de 2024, o IPCA-15 foi de 0,44%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, transportes (-0,29%) e artigos de residência (-0,07%) apresentaram variação negativa em maio.

Ente os demais grupos, destacam-se vestuário, com 0,92% de variação, seguido de saúde e cuidados pessoais, com 0,91%, e habitação, com 0,67%. As demais variações ficaram entre o 0,09% de educação e o 0,5% de despesas pessoais.

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,91%) registrou o maior impacto do mês. O resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Em vestuário (0,92%), destacam-se as altas na roupa feminina (1,56%), na roupa masculina (0,92%) e na roupa infantil (0,36%).

IPCA-15 ao longo dos meses (Imagem: Luce Costa/Arte R7)

Alta da conta de luz

No resultado do grupo habitação (0,67%), sobressai a energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos.

Além disso, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários:

  • 2,07% em Salvador (2,94%), a partir de 22 de abril;
  • 3,33% em Recife (2,88%), a partir de 29 de abril;
  • redução de 1,68% na tarifa em Fortaleza (2,15%), a partir de 22 de abril.

Preços dos alimentos em queda

No grupo alimentação e bebidas (0,39%), a alimentação no domicílio desacelerou de 1,29% em abril para 0,3% em maio. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%).

Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%).

A alimentação fora do domicílio (0,63%) também desacelerou em relação ao mês de abril (0,77%). O lanche, que havia subido 1,23% em abril registrou, em maio, alta de 0,84%, e a refeição saiu de 0,5% para 0,49%.

Passagem aérea mais barata

O resultado do grupo transportes (-0,29%) foi influenciado pela queda da passagem aérea (-11,18%). A pesquisa registrou também a variação negativa no ônibus urbano (1,24%), em decorrência da tarifa zero aos domingos e feriados em Brasília (-17,2%) e em Belém (-11,44%), que teve a apropriação do reajuste de 15% nas tarifas com início em 14 de abril.

Ainda no segmento, os combustíveis aceleraram de -0,38% em abril para 0,11% em maio, com altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%) e quedas no óleo diesel (1,53%) e gás veicular (0,96%).

Resultado por região

Em maio, o IPCA-15 subiu em todas as regiões. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). Já o menor resultado ocorreu em Curitiba (0,18%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (10,13%) e das frutas (4,13%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 18 de março a 14 de abril de 2025 (base).