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Lula evolui bem à cirurgia; médicos descartam lesão no cérebro e preveem alta em 1 semana

O presidente Lula (PT) evoluiu bem da cirurgia para drenagem de hematoma decorrente de hemorragia intracraniana, está estável e conversa e se alimenta normalmente. A informação é da equipe médica, que falou à imprensa nesta terça-feira (10) no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo.

Segundo os médicos, não há nenhum comprometimento cerebral. Trata-se de um hematoma frontoparietal, entre o cérebro e uma membrana da meninge. A cirurgia durou cerca de duas horas, e o presidente chegou lúcido e orientado ao hospital. Ele teve mal-estar, náuseas e um estado semi-gripal.

A complicação sofrida por Lula é comum, especialmente em pessoas mais velhas, após quedas como a sofrida em outubro, quando ele caiu no banheiro. O presidente, que tem 79 anos, deve receber alta no começo da semana que vem, segundo a previsão dos médicos.

O presidente Lula em recente viagem ao Uruguai
Falaram à imprensa o neurocirurgião Marcos Stavale, a infectologista Ana Helena Germoglio, que é coordenadora-geral da equipe de Saúde da Presidência, o cardiologista Roberto Kalil, o neurologista Rogério Tuma e o neurocirurgião Mauro Suzuki.

Segundo eles, se tudo correr bem, o petista poderá retornar a Brasília no começo da semana e voltar a trabalhar, começando devagar. A definição sobre isso, no entanto, dependerá do estado de saúde do presidente.

A equipe disse ser improvável ocorrerem novas hemorragias. De acordo com Tuma, o petista vai ficar mais 48 horas na UTI para observação.

“Como eu disse, ele está bem, se alimentando, consciente, está normal. É mais por precaução”, afirmou Kalil.

Stavale afirmou que o presidente ficará internado e depois seguirá a vida com normalidade. “Não é que ele vai ficar a cada semana fazendo tomografia”, completou Kalil.

Entrevista da junta médica do Hospital Sírio-Libanês, que atendeu o presidente Lula
Entrevista da junta médica do Hospital Sírio-Libanês, que atendeu o presidente Lula – Allison Sales/Folhapress

O petista teve uma hemorragia intracraniana e foi submetido nesta madrugada a uma cirurgia para drenagem de um hematoma de três centímetros. Ele ficará de um a três dias com o dreno, inserido por meio de pequena perfuração no cérebro, segundo a equipe médica.

A hemorragia está relacionada à queda sofrida por Lula em 19 de outubro, quando bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

Na segunda-feira (9), Lula reclamou de dores na cabeça e sonolência em conversas com ministros, segundo relato de um deles. Um dos interlocutores do presidente disse que o petista demonstrava desconforto já durante a tarde.

A intenção original era que ele fosse submetido a exames só na manhã desta terça-feira (10). Consultado, Kalil, médico do presidente, resolveu antecipá-los. Após resultado, o presidente foi transferido em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para São Paulo.

Na entrevista coletiva, Kalil disse que o procedimento poderia ter sido feito em Brasília, mas foi tomada a decisão de vir a São Paulo por “opção da equipe médica”.