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O dia que um banana comprou uma banana

Durante a Segunda Guerra Mundial, em resultado das restrições impostas pelo racionamento, os merceeiros punham na janela um cartaz dizendo “Yes! We have no bananas” —”sim! Não temos bananas”. Era uma referência a uma música muito conhecida, composta uns 20 anos antes, e pretendia contrariar, com alguma alegria, o infortúnio de não ter bananas.

No entanto, por muita falta que as bananas fizessem, ninguém se lembraria de dar US$ 6,2 milhões por uma, como acabou de fazer um empresário de criptomoedas. Empresário é o nome que os jornais lhe dão.

Eu chamo feiticeiro, porque não percebo o produto que ele transaciona nem o feitiço através do qual ele passa a ter valor. Foi ele que comprou a obra de arte que consiste numa banana colada à parede com uma fita adesiva cinzenta. Na verdade, ele não comprou exatamente a obra de arte. Ele comprou a ideia da obra de arte.

A troco de US$ 6,2 milhões, ele ficou com um conjunto de instruções sobre o modo de expor a obra e um certificado de autenticidade que assegura que, sempre que ele colar uma banana à parede com aquela fita adesiva, essa será a obra verdadeira, diferente de qualquer outra banana que um de nós possa colar à parede com a mesma fita —que será apenas um objeto estúpido, a caminho de ser lixo.

Ou seja, com dinheiro que não é bem dinheiro, ele comprou uma obra de arte que não é bem uma obra de arte. Parece-me apropriado. Podemos considerar uma idiotice dar US$ 6,2 milhões por uma banana, mas isso é ser insensível às qualidades da banana.

A banana não é um fruto qualquer. A sua versatilidade, muito superior à das outras frutas, permite-lhe ser convocada para o universo humorístico, por causa da casca, para o universo sexual, por causa da forma, para o universo musical, por causa das suas três divertidas sílabas.

No entanto, por muita falta que as bananas fizessem, ninguém se lembraria de dar US$ 6,2 milhões por uma, como acabou de fazer um empresário de criptomoedas. Empresário é o nome que os jornais lhe dão.

Eu chamo feiticeiro, porque não percebo o produto que ele transaciona nem o feitiço através do qual ele passa a ter valor. Foi ele que comprou a obra de arte que consiste numa banana colada à parede com uma fita adesiva cinzenta. Na verdade, ele não comprou exatamente a obra de arte. Ele comprou a ideia da obra de arte.

A troco de US$ 6,2 milhões, ele ficou com um conjunto de instruções sobre o modo de expor a obra e um certificado de autenticidade que assegura que, sempre que ele colar uma banana à parede com aquela fita adesiva, essa será a obra verdadeira, diferente de qualquer outra banana que um de nós possa colar à parede com a mesma fita —que será apenas um objeto estúpido, a caminho de ser lixo.

Ou seja, com dinheiro que não é bem dinheiro, ele comprou uma obra de arte que não é bem uma obra de arte. Parece-me apropriado. Podemos considerar uma idiotice dar US$ 6,2 milhões por uma banana, mas isso é ser insensível às qualidades da banana.

A banana não é um fruto qualquer. A sua versatilidade, muito superior à das outras frutas, permite-lhe ser convocada para o universo humorístico, por causa da casca, para o universo sexual, por causa da forma, para o universo musical, por causa das suas três divertidas sílabas.

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