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Bolsonaro diz que estado de sítio foi estudado, nega golpe e admite chance de prisão

Ele falou com jornalistas no aeroporto de Brasília, após retornar de uma viagem para Alagoas. Questionado se temia ser detido por causa do desdobramento da investigação sobre a tentativa de golpe, disse que pode ser preso a qualquer momento.

“Eu posso ser preso agora, ao sair daqui [do aeroporto]”, afirmou.

Reiterou que a acusação de participação no plano de golpe descoberto pela Polícia Federal é “coisa séria” e que uma ruptura institucional não seria operada por um general e meia dúzia de oficiais. A PF indiciou 25 militares, sendo 7 generais e 18 oficiais.

“Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas, senão não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando”, disse Bolsonaro na área de desembarque de autoridades do aeroporto de Brasília.

“Da minha parte nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse pedir golpe para mim ia falar, tá, tudo bem, o ‘after day’? E o dia seguinte, como é que fica? Como fica o mundo perante a nós. (…) A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário.”

O ex presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa ao desembarcar no aeroporto de Brasília – Pedro Ladeira/Folhapress

O ex-presidente ainda negou conhecer ou ter discutido planos que envolveriam prender ou matar o presidente eleito Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Esquece, jamais. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro disse que foi “jogada” a versão de existiu um plano para assassinar autoridades para “dar uma demonstração de que ‘olha, jogamos fora das quatro linhas'”.

Ele também reproduziu argumentos de sua defesa e aliados de que nenhum eventual plano golpista foi colocado em prática. “Não cola isso daí. Não sou jurista, mas no meu entender nada foi iniciado. Não podemos começar a punir e querer punir crime de opinião, de pensamento”, declarou o ex-presidente.