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Inquérito sobre suspeita de abuso sexual por pediatra é concluído; decisão de prisão aguarda parecer do MPPB

A Polícia Civil da Paraíba concluiu o inquérito que investiga o pediatra Fernando Cunha Lima, suspeito de cometer abusos sexuais contra crianças ao longo dos últimos 33 anos. A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude, resultou em um pedido de prisão preventiva do médico, encaminhado à Justiça na semana passada.

Entretanto, o processo encontra-se em um impasse devido à suspeição de dois promotores do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Arlan Costa Barbosa e Alexandre Jorge Nóbrega, responsáveis pela análise inicial do pedido de prisão, se declararam suspeitos por razões de foro íntimo, o que levou à redistribuição do caso para um terceiro promotor, ainda não definido.

O inquérito, que corre em segredo de justiça, revelou depoimentos de seis mulheres, incluindo três mães de pacientes e três sobrinhas do médico, que relataram abusos semelhantes ocorridos durante consultas e exames de rotina. A primeira denúncia formal contra Fernando Cunha Lima foi registrada em 25 de julho, quando uma mãe afirmou ter testemunhado o médico tocar as partes íntimas de sua filha de 9 anos durante uma consulta.

Além da investigação criminal, o caso levou à abertura de uma sindicância pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e ao afastamento do pediatra de suas funções diretivas na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde atuava como diretor.

Apesar das evidências reunidas, a prisão preventiva do médico depende agora de um parecer do novo promotor designado, para que a Justiça possa decidir se acata ou rejeita o pedido feito pela Polícia Civil.